INSTITUTO CONVENIADO:
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NOVVUS3 EDUCAÇÃO
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TURMA DO/A ALUNO/A:
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02
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NOME DO/A ALUNO/A
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JUREMA MACEDO EVANGELISTA DE OLIVEIRA
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NOME DA DISCIPLINA:
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SEMINÁRIO DE TESE
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NOME DO PROFESSOR/A:
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PROF. DR. LUIS MARÍA ETCHEVERRY
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TÍTULO DO PROJETO:
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AS TIC NO CURRÍCULO DA EJA.
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DATA DA ENTREGA:
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NOVEMBRO / 2013
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Tema: As TIC no currículo da EJA
OBJETO DE
ESTUDO
O currículo da Educação de Jovens e
Adultos tem gradativamente se resignificado, para atender as demandas e
exigências da sociedade contemporânea[1].
Este processo no cerne das escolas é caracterizado como um paradoxo, pois cada
vez mais se busca aprender e cada vez mais se fracassa nesta tentativa. Neste
ínterim, as pessoas buscam o aprendizado, mas muitas vezes possuem dificuldades
para aprender aquilo que a sociedade exige delas.
A escola como instituição de
aprendizagem reformulou seu currículo, para adaptar-se diante deste novo cenário
de globalização.
A escola, enquanto espaço de articulação
e mediação, tem proporcionado suporte para as mudanças ocorridas no âmbito
tecnológico e das mudanças sociais, bem como pedagogicamente no sentido de reformulações
relacionadas ao currículo da EJA, enquanto formação para a vida toda, já que visam
atender a necessidade da sua clientela. Segundo Moran (2009) “[...] com a flexibilização de
organização do ensino e aprendizagem que as tecnologias possibilitam, o
currículo pode ser muito mais adequado a cada aluno.” (p. 24)
As TIC, nesta conjuntura destacam-se como
um marco no processo evolutivo da sociedade, a qual se encontra em constantes
transformações. Estas estão implicadas no desenvolvimento tecnológico “moldando
a vida e ao mesmo tempo sendo moldada por ela” (CASTELLS, 1999, p. 40). Desse modo, percebe-se que a
tecnologia vai além da utilização de equipamentos e ferramentas, traz uma nova
cultura, outro modo de ser e viver em sociedade.
Sendo assim, as
estratégias para o uso das tecnologias se tornam fundamentais na educação de
jovens e adultos, para que o processo de aprendizagem coletiva seja construído
a partir de uma nova relação educativa, onde a autonomia seja algo relevante,
visto que todos estão num processo de busca do conhecimento permanentemente em
que a articulação entre as TIC e EJA ocorra de forma efetiva dentro do espaço escolar,
visto que: “[...] aprender pela tecnologia em que o aluno aprende usando
as tecnologias como ferramentas que o apoiam no processo de reflexão e de
construção do conhecimento (ferramentas cognitivas)”. (Albuquerque Costa, 2004,
p. 10).
O professor através das TIC estabelecem-se
novas formas de aprendizagem, oferecendo oportunidades de aquisição de
conhecimento, gerando uma nova cultura, tornando mais acessível os saberes ao
estabelecer a aprendizagem mais significativa a partir do conhecimento prévio
que ocasionalmente é produzido fora da escola.
As TIC nas escolas dão o suporte para a
aquisição deste conhecimento, como afirma Valente in Salgado (2008), “A
formação de qualquer indivíduo, para viver e ser capaz de atuar na sociedade do
conhecimento, não pode ser mais pensada como algo que acontece somente no
âmbito da escola. É importante entender a aprendizagem como uma atividade
contínua, estendendo-se ao longo da vida.” (p. 33)
Diante do exposto o presente projeto tem
como objetivo pesquisar sobre o uso educativo das novas Tecnologias de
Informação e Comunicação – TIC na educação de jovens e adultos – EJA, e sua
articulação com o currículo da EJA. Isso porque esses mecanismos abrangem
diversas dimensões da vida social no mundo contemporâneo e num processo de
ampla globalização, tem sido sistematicamente recomendada, como forma de
garantia da aprendizagem como capacidade de gerir o conhecimento, onde as
mudanças ocorrem a cada dia, já que o ensinar e o aprender, são duas vertentes
que se complementam, tanto o professor quanto o aluno, ensinam e aprendem
simultaneamente, e através das TIC pode ocorrer de forma mais sistemática no
âmbito escolar.
A presente pesquisa será realizada em uma escola pública do município de
Salvador, Bahia, Brasil, especificamente na Escola Municipal Nova do Bairro da
Paz, tendo como preocupação a questão do uso das TIC e sua articulação no
currículo escolar dos alunos da classe de SEJA I[2],
não apenas enquanto recurso metodológico, visto que a tecnologia é algo
inerente da sociedade contemporânea e numa sociedade globalizada, visto que sou
professora nesta Unidade Escolar, à qual possui recursos tecnológicos.
Metodologicamente para clarificar o
entendimento será realizada uma análise da forma como a escola faz a
articulação das TIC com a prática no currículo escolar dos alunos da EJA, e a
importância das mesmas para estes alunos na vida escolar, pessoal e
profissional, já que a aprendizagem é uma ação contínua e acontece ao longo da
vida, permanentemente.
Dessa maneira, o
projeto tem como principal objetivo identificar as dificuldades de articulação pedagógicas
do uso das TIC no currículo da EJA enquanto componente de aprendizagem, analisar
como são desenvolvidas as práticas pedagógicas no cotidiano escolar e conhecer como o professor articula este recurso metodológico. Sendo
assim buscarei responder ao seguinte questionamento: Quais são as dificuldades de articulação pedagógica do uso das TIC no
currículo da EJA?
OBJETIVO GERAL:
·
Conhecer como os professores fazem
o uso das TIC, enquanto recurso metodológico no currículo da EJA.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·
Identificar as dificuldades de
articulação pedagógicas do uso das TIC no currículo da EJA;
·
Descrever como ocorre a articulação do currículo da
escola em relação ao uso das TIC, na sala de aula.
MARCO
TEÓRICO
Ao conceber a educação como processo de aprendizagem
ao longo da vida, pressupõe um currículo aberto, no qual é fundamental o
contexto, a história de vida; a educação é construída socialmente e
politicamente a partir das experiências de cada um, de acordo com a crença,
questionamentos e possibilidades que lhes são oferecidas e que são buscadas de
acordo com o objetivo a depender da necessidade e das oportunidades de cada
indivíduo, contudo segundo Coll (1998), “A finalidade primordial da educação é promover
o crescimento dos seres humanos, quer seja pessoal e social, é intrínseco a
ideia de educação, e pode vincular-se alternadamente tanto ao processo de
desenvolvimento como ao da aprendizagem e que as ações pedagógicas diferentes se
plasmam no currículo.” (p. 35).
Coll (1998), afirma que a Educação, desempenha papel
central, porque permite compreender como se articulam num todo unitário a
cultura e o desenvolvimento individual, ele diz ainda que, “a Educação designa
o conjunto de atividades mediante as quais um grupo assegura que seus membros
adquiram a experiência social historicamente acumulada e culturalmente
organizada.” (pp. 41 e 42)
O currículo exerce seu papel no contexto educacional, desempenhando
diversas atividades educativas escolares, portanto entende-se por currículo, de
acordo com Coll (1998), “o caminho que leva à formulação de uma proposta
curricular”. (p. 43)
O currículo implica questionamentos sobre as práticas pedagógicas,
desempenhando funções relacionadas à ampliação de atividades educativas,
levando a busca de soluções para o desenvolvimento de ações que sejam de
interesses e necessidades da comunidade escolar, então segundo Coll (1998): “O
currículo é um elo entre a declaração de princípios gerais e sua tradução
operacional, entre a teoria educacional e a prática pedagógica, entre o
planejamento e a ação, entre o que é prescrito e o que realmente sucede nas
salas de aula.” (pp. 33 e 34)
De acordo com Coll (1988) o currículo também visa uma definição de
projetos que preside as atividades educativas escolares, definindo a suas
intenções e proporcionando guias de ação adequadas e úteis para os professores,
que são diretamente responsáveis pela sua execução, ele entende ainda que o
Projeto Curricular inclui tanto aspectos curriculares em sentido estrito
(objetivos e conteúdos), como aspectos de instrução (relativos a como ensinar).
Dentro da perspectiva de currículo como algo que norteia e sugere o que
devemos fazer que estivesse relacionado diretamente à vida de todos os que
estão inseridos em um programa ou projeto educativo, quer seja formal ou não,
tem papel fundamental no momento de planejar ações para serem executadas,
levando em conta e valorizando a experiência, o desejo e anseio do outro, numa
visão de progressão para a vida como um todo e não meramente como uma parte, de
forma isolada.
Considerando que o acesso ao mundo tecnológico, especialmente os
relacionados à informação e comunicação, vêm se tornando uma exigência e um
direito, entretanto o currículo escolar vai além da ideia de produtos,
equipamentos, serviços e técnicas, fabricados e colocados no mercado
especificamente para serem consumidos com finalidades educativas.
As TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação, tendo surgido num
contexto de inclusão digital, a partir da década de 90, como um suporte
metodológico para tornar relevante o trabalho do professor, sobretudo como
forma de oportunizar os jovens e adultos estudantes a serem inseridos num mundo
tecnológico, contribuindo para um leque de possibilidades dentro e fora da
escola, bem como para o desenvolvimento do potencial dos mesmos, como forma de
favorecer a comunicação e a troca de informações, estimulando-os a terem maior
participação na construção deste currículo, segundo Coll (2010): “Os argumentos
a favor da incorporação das TIC na educação formal e escolar passam a ser, na
verdade e com muita frequência, um axioma que não se discute ou que encontra
sua justificativa última nas facilidades que essas tecnologias oferecem para
implementar certas metodologias de
ensino ou certos postulados pedagógicos previamente estabelecidos e definidos
em suas linhas essenciais.” (p. 69)
O uso das TIC no processo de ensino
e aprendizagem exerce papel preponderante, principalmente na EJA, em virtude da
relevância não apenas como ferramentas, mas como o uso metodológico no
currículo como um todo, integrando estes alunos na chamada “Sociedade da
Informação”[3], e que
de acordo com Coll (2010): “Os ambientes de ensino e aprendizagem que
incorporam as TIC não proporcionam apenas uma série de ferramentas
tecnológicas, recursos e aplicações de software
informático e telemático que seus potenciais usuários podem utilizar para
aprender e ensinar. Geralmente, as ferramentas tecnológicas são acompanhadas de
uma proposta, mais ou menos explícita, global e precisa, dependendo de cada
caso, sobre a forma de utilizá-las para iniciar e desenvolver atividades de
ensino e aprendizagem.” (p. 77)
Coll (2010), afirma ainda que: “As
TIC mostram-se mais exatamente, como um elemento que reforça as práticas
educacionais existentes, o que equivale a dizer que reforçam e promovem a
inovação apenas quando estão inseridas em uma dinâmica de inovação e mudança
educacional; assim como deve ser aproveitado o potencial dessas tecnologias para
promover novas formas de aprender e ensinar. (pp. 87 e 88)
Segundo Lèvy (1993) o hipertexto ou a multimídia interativa adequam-se
particularmente aos usos educativos. É bem conhecido o papel fundamental do
envolvimento pessoal do aluno no processo de aprendizagem; quanto mais
ativamente uma pessoa participar da aquisição de um conhecimento, mas ela irá
integrar e reter aquilo que aprender... É portanto, um instrumento bem adaptado
a uma pedagogia ativa. (p. 40)
Libâneo (2012), diz que a escola é vista como uma instituição social e,
como tal, se constitui na dinâmica das relações sociais, sendo impossível
compreendê-la desarticulada de seus determinantes sociais, políticos,
econômicos, culturais, bem como do papel que exerce na formação e inserção
social dos sujeitos que a frequentam.” (p.333)
A escola desenvolve papel primordial valorizando e dando o suporte para a
continuidade de forma progressiva onde os alunos se percebam enquanto seres
fundamentais durante esta construção, num processo de continuidade e que
estejam intimamente ligados, fazendo a interação constante entre os conteúdos
curriculares, os métodos de ensino e de aprendizagem, estabelecendo um
intercambio com as experiências de cada um ao longo da vida.
ESTADO
DE ARTE
Numa sociedade contemporânea onde a tecnologia e a informação, evidenciam
a não fragmentação da construção do conhecimento, visto que o aluno da EJA
necessita ser visto como um ser em todas as suas dimensões, integrando-os no
mundo virtual e tecnológico. Moran
(2010) diz que: “A construção do conhecimento, a partir do processamento
multimídico, é mais “livre”, menos rígida, com conexões mais abertas, que
passam pelo sensorial, pelo emocional e pela organização do racional...” (p. 19).
O currículo, como algo fundamental para a construção e elaboração do
conhecimento a ser construído durante toda a vida, numa dimensão dialógica,
integrada e, contudo algo que não há um fim em si mesmo, Almeida e Valente
(2011), afirmam que: “Currículo diz respeito a um percurso, à trajetória de um
curso, o que indica algo que vai além das listas de conteúdos, temas de estudo
ou unidades de ensino, extrapola as grades, as prescrições curriculares e
envolve o lugar e o tempo em que ocorre seu desenvolvimento.” (p. 13)
A discussão a respeito do currículo ganhou uma dimensão bem diferente de
algum tempo atrás, visto que isso se dava a partir de uma teoria que currículo
estava relacionado apenas ao conhecimento adquirido na escola, porém atualmente
já há uma visão mais ampla no atual contexto social, de acordo com Almeida e
Valente (2011), “[...] hoje o foco são as relações entre currículo, cultura,
construção do conhecimento escolar e o exercício da docência na perspectiva de
uma escola democrática que identifica e considera o conhecimento que o aluno traz
de suas experiências, as múltiplas culturas que convivem em seus espaços e a
diversidade das experiências de vida.” (p. 16).
O currículo então ganha um novo rumo ao integrar ao seu desenvolvimento
as novas linguagens, mídias e tecnologias, como suporte metodológico da cultura
estruturante do pensamento, das formas de interlocuções e de novas elaborações
culturais, de acordo co Almeida e Valente, (2011) “A integração de tecnologias
ao currículo abre novos horizontes em relação à flexibilização da hierarquia
espaço temporal, dos tempos e espaços da escola, potencializando novas formas
de aprender, ensinar e lidar com o conhecimento.” (p. 19).
É fundamental levar em conta o conhecimento informal que os alunos trazem
para a sala de aula, transformando esse conhecimento em aprendizagem
significativa, buscando novos recursos metodológicos para serem utilizados em
sala de aula e fora dela. Uma dessas possibilidades são os recursos
tecnológicos, sendo um meio de atrair a atenção dos jovens e adultos para o
conhecimento formal.
De acordo
com Albuquerque Costa (2004), “As novas tecnologias tornaram-se parte integrante da
sociedade contemporânea e está ultrapassada a ideia de que os computadores
seriam inacessíveis à maioria das pessoas”. (p. 2). Entretanto o currículo
pressupõe estar mais personalizado, em sintonia com as expectativas e
necessidades de cada aluno, visando atender os interesses pessoais, no que
cerne a formação ao longo da vida.
O
currículo da Educação de Jovens e Adultos gradativamente tende a se reconstruir,
para atender as exigências da sociedade contemporânea, portanto se faz
necessário pensar num currículo específico de EJA, sendo visto a partir de uma
modalidade que tem características e peculiaridades próprias e que venha
atender com eficácia e eficiência os proponentes desta educação, respondendo às
questões fundamentais destes jovens e adultos que buscam uma educação, onde
estes são os próprios construtores do processo de escolarização, bem como uma
transformação social pela autonomia, e em se tratando de EJA e de tecnologias,
de acordo com Albuquerque Costa (2004), que: “No caso concreto das
novas tecnologias de informação e comunicação é curiosamente os próprios alunos
quem mais partido tiram, em muitos casos de forma independente, dos recursos
tecnológicos que as escolas já possuem”. (p.8).
As TIC, então estão cada vez mais presentes na vida do homem
contemporâneo, constituindo-se como meio eficaz de comunicação e de informação.
O uso das tecnologias e dos meios de comunicação tem sido uma necessidade real
de modo de inserção do indivíduo no mundo letrado e digital, a escola promove a
troca mútua do conhecimento através das relações e de relatos das vivências, Lima
Jr. (2005), diz que a tecnologia tem uma gênese histórica e, como tal, é inerente
ao ser humano que a cria dentro de um complexo
humano-coisas-instituições-sociedade, de modo que não se restringe a
suportes materiais, nem aos métodos (formas) de consecução de finalidades e
objetivos produtivos, muito menos ainda, não se limita à assimilação e à
reprodução de modos de fazer (saber fazer) predeterminados, estanques e
definitivos, mas, ao contrário, podemos dizer que consiste em: um processo criativo através do qual o ser
humano utiliza-se de recursos materiais e imateriais, ou os cria a partir
do que está disponível na natureza e no seu contexto vivencial [...]. (p.15).
Lima Jr. (2005), diz que a questão tecnológica, para além do mero aspecto
material e instrumental, constitui-se numa rede
de significados na qual o ser humano está implicado, Assim, de acordo com
Lima Jr. Parece que se tornou extremamente necessário compreender a lógica e
funcionamento desta rede, como metáfora
inspiradora ou arquétipo de um novo
pensar/agir na prática pedagógica, especialmente, na práxis pedagógica. (p. 17).
Para Moran (2010), há uma expectativa de que as tecnologias nos permitem
ampliar o conceito de aula, de espaço e de tempo, de comunicação audiovisual, e
estabelecer pontes novas entre o presencial e o virtual, entre o estarmos
juntos e o estarmos conectados a distância. (p. 12)
Moran (2009), afirma ainda que, “As tecnologias também podem ajudar a
desenvolver habilidades espaço temporais, sinestésicas, criadoras. Mas o
professor é fundamental para adequar cada habilidade a um determinado momento
histórico e a cada situação de aprendizagem. ”(p. 52)
Considerando que as
tecnologias possibilitaram o surgimento da sociedade da informação e consequentemente
o valor do capital humano na sociedade contemporânea, então surge a necessidade
de superar o desafio de uso das TIC, nas escolas mesmo que existam dificuldades
quer sejam materiais ou até por falta de informação, visto que os alunos da EJA
dentro da diversidade necessitam estar informado a cerca das TIC para o uso
permanente em suas vidas.
METODOLOGIA
A investigação será feita com base na metodologia dedutiva do tipo
qualitativa, descritiva, com base na pesquisa bibliográfica, histórico e
documental e a pesquisa empírica com o intuito de dar maior visibilidade e
veracidade na coleta de dados e informações.
A pesquisa bibliográfica consiste em levantar conceitos a cerca do currículo e do uso das TIC no
currículo da EJA e fundamentar teoricamente, tendo como base a leitura de
livros, revistas, publicações e sites que enfatizem sobre o tema a ser
pesquisado, objetivando conhecer como as TIC estão sendo articuladas no
processo pedagógico nas classes de EJA.
A pesquisa bibliográfica perpassará
numa abordagem sobre o currículo para compreender a sua construção social no
âmbito escolar, tendo como autor Ivor F. Goodson,estudioso de nacionalidade
inglesa, através do livro Currículo:
teoria e história (2010) e Currículo em Mudança: Estudos na construção social
do currículo, ambos do mesmo autor. E livros de
Cesar Coll na perspectiva do currículo na psicologia da educação, através dos
seus livros: Psicologia e
currículo: Uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar (1998), que
aborda sobre a educação e a aprendizagem em ambientes virtuais, e
Psicologia da Educação Virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da
informação e da comunicação (2010), ao qual traz reflexões sobre as funções
do currículo no planejamento, numa perspectiva psicológica e pedagógica.
Para o embasamento
teórico, sobre TIC será a partir do autor Pierre Lèvy, com o livro intitulado: As tecnologias da Inteligência: o futuro do
pensamento na era da informática, (1993) ao qual o autor traz uma abordagem
acerca do surgimento do formato textual, o hipertexto, sua definição e
utilização, bem como o que é técnica e como esta influencia os diferentes
aspectos de nossa sociedade.
Será abordado ainda, sobre o uso das TIC enquanto instrumento metodológico e
sua importância no currículo a partir dos livros do autor Espanhol,
naturalizado Brasileiro, José Manuel Moran, como: A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá, (2009) ao qual o autor
traça um paralelo entre a educação que temos e a que desejamos para nossos
alunos, mostrando as tendências para um novo modelo de ensino, assim como
analisa também as mudanças que as tecnologias trazem para a educação presencial
e a distância e Novas tecnologias e mediação pedagógica,
(2010) ao qual aborda o ensino e a aprendizagem inovadores com tecnologias
audiovisuais e telemáticas o autor Marcos T. Masetto, com a temática; “Mediação pedagógica e o uso da tecnologia”,
com um caráter mais didático, onde procura aprofundar o tema da mediação
pedagógica como característica fundamental para o uso, em educação, tanto da
tecnologia convencional como das assim chamadas novas tecnologias, segundo ele
visando à melhoria do processo de aprendizagem. Já Arnaud Soares de Lima
Junior, através do livro Tecnologias
inteligentes e educação: currículo hipertextual, (2005), onde evidencia a
natureza proposicional do computador e de suas redes interativas como a
novidade tecnológica também responsável pela instauração de novos processos
pós-modernos.
A pesquisa empírica será realizada na Escola Municipal
Nova do Bairro da Paz, da Rede Municipal de Salvador, Bahia, que fica
localizada em Bairro de área Periférica para dar maior confiabilidade aos dados
que serão obtidos, através de entrevistas, usando questionários contendo
questões fechadas e abertas, que serão aplicadas com coordenadores, professores
do SEJA I – Estágio IV, objetivando conhecer como se faz uso das TIC enquanto
recurso metodológico e se há dificuldades de articulação pedagógica das TIC no
currículo da EJA.
CRONOGRAMA
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Jul
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Ago
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Set
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Out
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Nov
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Dez
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Jan
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Fev
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Mar
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Abr
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Mai
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Jun
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Jul
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Levantamento bibliográfico
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Leitura e fichamento das obras
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Revisão bibliográfica
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Realizar entrevistas com professores e coordenadores.
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Análise dos dados obtidos
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Elaboração preliminar da dissertação
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Entrega ao orientador
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Revisão e redação final.
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Entrega ao coordenador.
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Defesa da monografia.
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BIBLIOGRAFIA
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Disponible en:
http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=189117821004
Acesso em: 02/04/2013
ALMEIDA, Maria
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(2010). Currículo: teoria e história.
(9ª Ed.). (A. Brunetta, trad.)– Petrópolis, RJ: Vozes. (Obra original publicada
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(17ª Ed.). (Coleção Papirus Educação). Campinas, SP: Papirus.
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(2009) A educação que desejamos: Novos
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SALGADO, Maria
Umbelina Caiafa. AMARAL, Ana Lúcia. (2008). Tecnologias
da educação: ensinando e aprendendo com as TIC: guia do cursista. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação à Distância.
[1] Mercado de trabalho, Novas Tecnologias, Novas linguagens, línguas
estrangeiras, entre outros.
[2] SEJA I – 1º
Segmento da Educação de Jovens e Adultos, com duração de 1.600 horas, em
semestre de 400 horas letivas. Este segmento é constituído de:
a)
Estágio I – com progressão continuada para o estágio II;
b)
Estágio II – com avaliação no processo para promoção para o estágio III;
c)
Estágio III – com progressão continuada para o estágio IV;
d) Estágio IV – com avaliação no
processo para promoção para o 2º segmento, SEJA II ou escolaridade equivalente.
[3] Termo denominado por César Coll, extraído do livro - Psicologia da
educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e
comunicação.